Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 02/12/2012 08:00
Os bancos têm investido cada vez mais em segurança para as transações. Mas alertam que isso é insuficiente se os clientes não tiverem cuidado e não mudarem de comportamento. Apesar de todos os alertas emitidos pelo sistema financeiro, ainda hoje é comum os consumidores acessarem a conta-corrente de qualquer equipamento, emprestarem o cartão a outras pessoas e pedirem ajuda a desconhecidos para fazerem uma operação num caixa eletrônico.E mais. A displicência com que usam a internet ; entrando em qualquer site e fornecendo senhas e dados pessoais ; faz com que as perdas dos bancos com as fraudes eletrônicas cheguem a R$ 1,4 bilhão por ano. Uma vez provado que um saque ou uma movimentação não foi feita pelo cliente, a instituição financeira tem que ressarcir o valor extraviado. Somam-se a esse montante os gastos com tecnologia da informação, que, no ano passado, atingiram R$ 18 bilhões, volume 27% maior que em 2009, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
De acordo com Marcelo Câmara, diretor de Prevenção a Fraudes da Febraban, num intervalo de apenas seis anos, a quantidade de contas cresceu 59% e a de transações, 168%. A internet hoje é o palco de realização de 24% das movimentações bancárias. Por isso, fortalecer a segurança delas é uma das prioridades dos bancos, porque tanto eles quanto os consumidores são vítimas dessa situação. A principal estratégia das instituições financeiras para combater as fraudes é o monitoramento das operações. ;Quaisquer anormalidades podem gerar alertas, que vão desde um simples contato feito pela agência até a paralisação da transação;, explica César Faustino, coordenador da Subcomissão de Fraudes Eletrônicas da Febraban.