A história se repete. As empresas aéreas brasileiras não conseguem decolar. O modelo aeroviário adotado pelo país há 10 anos, quando o setor era dominado por Varig, Transbrasil, Vasp e TAM ; e que naufragou pouco a pouco, com a saída das três primeiras do mercado ;, volta a ocorrer. O setor está concentrado agora nas mãos de TAM, Gol (que absorveu a Webjet), Azul (que se uniu à Trip) e Avianca. Juntas, elas são donas de 99,5% do mercado doméstico, segundo balanço de outubro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O resultado dessa concentração reflete no bolso do consumidor. Há o risco de apenas a elite voltar a voar. A guerra de tarifas entre as companhias aéreas, com promoções de até mesmo de R$ 1 por trecho, ficou para trás. Reportagens do Correio na semana passada mostraram que as viagens de avião na alta temporada ligando grandes cidades nos Estados Unidos e na Europa podem ser bem mais baratas do que entre capitais brasileiras. O jornal publicou ainda a recente escalada de preços das passagens aéreas.