Antonio Temóteo
postado em 05/12/2012 07:57
A redução média de 20% nas tarifas de energia, prometida pela presidente Dilma Rousseff, não se concretizará. Agora o governo trabalha com a perspectiva de que a queda na conta de luz dos brasileiros seja de 16,7%. Essa mudança de expectativa ocorreu porque três grandes empresas geradoras de eletricidade não assinaram a renovação antecipada dos contratos de administração de usinas hidrelétricas que garantiam a exploração por mais 30 anos, mas com tarifas menores. Essa disputa bilionária inclui um componente político. A divergência em relação ao governo federal vem de estatais do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que têm governadores do PSDB.
[SAIBAMAIS]Enquanto as empresas transmissoras acataram as condições fixadas pela Medida Provisória 579, de 11 de setembro, que reduz encargos setoriais e a remuneração das companhias, as concessionárias Copel, Cemig e Cesp, geradoras de pelo menos 10 mil MW, não aceitaram perder receitas em troca da prorrogação de concessões. Dessa forma, o cálculo que reduzia em 20%, em média, o custo das tarifas de energia foi afetado. Dessa conta, sete pontos percentuais se referiam à redução de encargos. A queda de remuneração das transmissoras representavam 4,5 pontos. A das geradoras, 8,5.