postado em 05/12/2012 17:11
Nos primeiros meses de 2013, a Venezuela adotará a nomenclatura e normas do Mercosul, adaptando a linguagem dos produtos às regras do bloco. Os detalhes ainda estão sendo acertados, mas os negociadores brasileiros estão otimistas. A ideia é apressar as articulações para a Venezuela ter condições de incluir produtos na Tarifa Externa Comum (TEC).O subsecretário de América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio José Ferreira Simões, disse nesta quarta-feira (5/12) que as negociações têm antecipado uma série de ações, pois a previsão de prazo para a adequação da nomenclatura e normas era até quatro anos.
;O que tínhamos um ano para fazer, vamos completar em quatro meses. A nossa expectativa em relação ao conteúdo, a expectativa, é a adoção completa;, destacou o embaixador. ;A Venezuela está pronta para adotar um número significativo de normas já no início do próximo ano.;
Em relação às normas, Simões disse que é necessário considerar que há questões técnicas e específicas que costumam levar tempo para serem adequadas. A adaptação ocorrerá de forma escalonada. De acordo com ele, existem ainda situações que dependem de aspectos jurídicos. ;Há uma multiplicidade de temas, pois cada país tem seus parâmetros. Não há casos em que a norma possa ser adotada de imediato;, disse ele.
O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Há também os membros observadores: o México e a Nova Zelândia.
Com a Venezuela, o Mercosul reúne 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, cujo Produto Interno Bruto (PIB) é US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do PIB sul-americano, em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados ou 72% da região.