Rosana Hessel
postado em 06/12/2012 08:27
A presidente Dilma Rousseff pôs ontem, definitivamente, no ringue político o impasse criado pela renovação antecipada ; e condicionada ; de concessões nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ela acusou os governos administrados pelo PSDB ; São Paulo, Minas Gerais e Paraná ; de ;falta de sensibilidade; por não terem aderido aos termos fixados pela Medida Provisória (MP) 579, que reduzem, em média, a conta de luz em 20,2%. Para indicar que o barateamento da energia não é apenas promessa de campanha, Dilma reiterou que bancará a diferença aberta pela resistência das concessionárias Cesp (SP), Copel (PR), Cemig (MG), Celg (GO) e Celesc (SC), controladas pelos governos estaduais, em atender as reivindicações do Palácio do Planalto.
;Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso;, disse a presidente a uma plateia dominada por empresários, durante discurso no Encontro Nacional de Indústrias, em Brasília. ;Somos a favor da redução de custos e faremos isso;, avisou. O prazo para assinar os novos contratos terminou na terça-feira, e a recusa de grandes companhias à proposta válida a partir de março de 2013, no lugar das atuais concessões, que vencem de 2015 a 2017, inviabilizou a meta de redução média de 20,2% na conta de luz. Com a negativa das companhias, a economia dos consumidores será 16,7%.