postado em 06/12/2012 11:29
Rio de Janeiro - Embora a produção de madeira em tora tenha apresentado aumento de 11,5%, de 2010 para 2011, dos cinco produtos madeireiros do extrativismo, quatro apresentaram decréscimo no ano passado. A maior queda foi do pinheiro-brasileiro nativo, cuja retração chegou a 15,8%. Em seguida, vem o carvão vegetal, com variação de -10,1%; nó-de-pinho, com retração de 3,7%; e lenha, com queda de 1,7%.Os dados fazem parte da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura ; Pevs, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira (6/12). O levantamento foi feito em todos os municípios brasileiros e traz informações sobre 38 produtos oriundos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura.
A pesquisa atribui a queda à demanda industrial, ao preço, à disponibilidade de mão de obra na coleta de determinados produtos e à atuação de órgãos de controle ambiental e fiscalizadores, ;que ora liberam a abertura de áreas para agricultura, ora intensificam a fiscalização, aplicando multas e fechando serrarias e carvoarias, além das condições climáticas;, como fatores que explicam as oscilações da produção do extrativismo vegetal. ;Por isso é comum serem observadas flutuações expressivas da produção;, justifica o Instituto.
[SAIBAMAIS]O estudo indica, por outro lado, que entre os produtos extrativos não madeireiros 16 apresentaram aumento de produção, na comparação com o ano de 2010. Os aumentos percentuais mais expressivos ocorreram nas produções de sementes de oiticica (73%); frutos de açaí (73,1%); e outras fibras (456,9%). A variação expressiva das fibras deve-se à extração de uma palmeira nativa do cerrado, denominada amarelinho, utilizada na confecção de vassouras.
Dos sete produtos investigados oriundos da silvicultura, apenas as produções de cascas de acácia-negra e de folhas de eucalipto apresentaram decréscimo (1,5% e 41,4% respectivamente).