Economia

Produção no setor automotivo registra primeira queda nos últimos dez anos

Agência France-Presse
postado em 07/12/2012 16:25
São Paulo - As vendas no setor automotivo brasileiro cresceram 4,9% em 2012 em relação ao ano anterior, ainda que a produção tenha registrado uma queda de 1,5%, a primeira nos últimos dez anos, segundo projeções divulgadas, nesta sexta-feira (7/12) pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).



"Em geral tivemos um ano positivo, mesmo que com muitas dificuldades. O setor teve um crescimento importante, com rentabilidade menor sem dúvida, mas com a expectativa de seguir crescendo no próximo ano", disse o presidente de Anfavea, Cledorvino Bellini, em coletiva de imprensa.

Bellini assegurou que a medida lançada em meados deste ano pelo governo para estimular o crescimento econômico, com a redução de um imposto aos produtos industrializados, beneficiou as vendas do setor. A medida deveria estar vigente até agosto, mas foi prorrogada até dezembro.

O governo também impulsionou a redução das taxas de juros bancários para estimular o consumo.

Em 2012, serão vendidos 3,8 milhões de unidades contra 3,6 milhões em 2011 (%2b4,9%), enquanto a produção cairá de 3,4 milhões no ano passado para 3,3 milhões este ano (-1,5%), de acordo com as cifras apresentadas pela Anfavea.

"Nossa produção está destinada tanto ao mercado interno, que cresceu, como às exportações, que não cresceram e afetaram a produção interna", explicou Bellini ao assegurar que este ano foi "atípico" e marcado pela crise internacional.

Em 2012, as exportações de veículos registrarão uma forte queda de 21,3% passando de 553.000 para 435.000 unidades, em parte devido à crise global da economia. As exportações cairão 5,5%.

Já para 2013, a Anfavea projeta que não apenas as vendas serão mantidas em alta, mas também que haverá uma tendência de recuperação da produção, que poderia chegar a 3,5 milhões de unidades, um aumento de 4,5% em relação a este ano.

As vendas, por sua vez, devem crescer entre 3,5% e 4,5% com relação a 2012, com 3,9 milhões de unidades, de acordo com as projeções.

"Estes números se baseiam no crescimento do PIB previsto para 2013, na expansão do crédito, no baixo nível de estoque e nos juros mais baixos", enumerou Bellini.

O presidente da Anfavea destacou que com a organização da Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, a economia brasileira, a sexta maior do mundo, ainda tem margem para continuar crescendo.

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