Economia

EUA registra queda surpreendente do desemprego em novembro

Agência France-Presse
postado em 07/12/2012 18:20
Washington - A taxa de desemprego nos Estados Unidos diminuiu em novembro, a 7,7%, seu nível mais baixo em quase quatro anos, graças a uma forte queda da população economicamente ativa, segundo números publicados nesta sexta-feira (7/12) pelo Departamento de Trabalho em Washington.



Esta queda contradiz as previsões dos analistas, que estimavam, em média, um aumento do desemprego a 8%. Contudo, os dados oficiais mostram uma queda da população economicamente ativa em relação aos números de outubro.

Já a criação de empregos aumentou 5,8% em novembro, a 146 mil postos líquidos, quando os analistas esperavam que não fossem mais de 120 mil, mas os dados de outubro foram revisados em baixa de 20%, a 138 mil.

O Departamento de Trabalho também informou que o furacão Sandy não teve efeitos significativos sobre os dados de emprego publicados.

Desde o início do ano, a economia criou uma média líquida de 151.000 empregos por mês, uma cifra similar a de 2011.

A aceleração da criação de emprego anunciada pelo Departamento do Trabalho é positiva, mas se deve em parte à forte revisão para baixo dos dados de outubro, alertam os especialistas.

Assim, a taxa de atividade, que mede o número de pessoas empregadas ou que buscam ativamente um emprego com relação ao total da população, chegou a 63,6%.

Este nível se encontra levemente acima das cifras de outubro, quando chegou a 63,5%, mínima desde 1981.

A queda da taxa de desemprego oficial, depois que tocou a máxima de 10,0% em outubro de 2009, parece estar influenciada pelo crescente número de desempregados que têm interrompido sua busca por emprego.

Em novembro, o país contava com 12 milhões de desempregados, segundo as cifras oficiais, aos quais se somam 3,5 milhões de pessoas que querem estar empregadas, mas não estão registradas como parte da população ativa.

Alan Krueger, conselheiro econômico do presidente Barack Obama, disse que os dados de emprego "apontam provas adicionais de que a economia está se recuperando" após a grande recessão que sofreu o país entre 2007-2009. "Falta muito por fazer para voltar a normalidade", disse.

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