postado em 11/12/2012 11:34
Rio de Janeiro ; As vendas de gasolina no país devem ter crescimento de 12,2% em 2012. Desde 2009, o combustível acumula uma alta de 57%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11/12) pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom).;A partir de 2010, houve a perda de competitividade do etanol e um preço de gasolina estável. Somam-se a isso uma infraestrutura urbana de transporte deficiente e o aumento da venda de carros. Consumidor comprando carro, moto, usando esse carro para trabalhar. Eles [os veículos] usam combustível. Manter o abastecimento tem levado a um esforço muito grande da Petrobras e das distribuidoras, com todos os percalços;, disse o presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz.
Segundo Vaz, em torno de dez estados experimentaram problemas no abastecimento, mas apenas no Amapá houve falta de combustível. ;Nos demais estados, faltou em alguns postos, o que é desagradável. Mas o consumidor encontrava em outro posto;, disse.
Entre os problemas enfrentados pelas distribuidoras para garantir o atendimento à grande demanda por gasolina no país está a infraestrutura de transportes, que não acompanhou o crescimento do consumo de combustíveis. Entre os estados que mais tiveram aumento nas vendas estão o Piauí (22%), o Maranhão (20%), o Ceará, o Pará e o Tocantins (19% cada).
Como esses estados ficam longe das refinarias brasileiras, é preciso usar estradas ou portos para fazer o combustível chegar até lá. ;Em Mato Grosso, houve crescimento de 24%, a 2 mil quilômetros da refinaria mais próxima. Para chegar lá, é preciso ir por estradas. Imagina a pressão sobre a infraestrutura do país [para fazer a gasolina chegar lá];, disse.
Outro problema enfrentado pelas distribuidoras de combustíveis é necessidade de importação de gasolina, o que gera dependência em relação aos portos. Segundo o Sindicom, a atracação de navios está sujeita a imprevistos.
Além disso, com o grande aumento da demanda de combustíveis, algumas vezes refinarias localizadas próximas ao polo de consumo são incapazes de atender à procura. No caso do Rio de Janeiro, especificamente, entre o final de novembro e o início deste mês, houve o fechamento da Refinaria de Manguinhos, que atende a 11% da demanda fluminense, e a parada programada da Refinaria Duque de Caxias.
Com isso, a maior parte da gasolina consumida no Rio de Janeiro está chegando por navios, o que gera atrasos e restrições na venda do combustíveis para os postos.
Segundo o Sindicom, a distribuidoras estão usando todos os recursos para superar as dificuldades e estão investindo R$ 1 bilhão neste ano.