Economia

América Latina mostra resistência à crise e crescerá 3,8% em 2013

Agência France-Presse
postado em 11/12/2012 17:14
Santiago - A América Latina tem demonstrado resistência ante a crise financeira mundial e crescerá 3,1% em 2012, enquanto que para 2013 registrará uma expansão de 3,8%, graças à recuperação de Argentina e Brasil, informou a Comissão Econômica para América latina e Caribe (Cepal).

A desaceleração da China (de 9,2% em 2011, a 7,7% em 2012), os problemas fiscais e financeiros da Eurozona e o modesto crescimento de Estados Unidos impactaram as exportações da região, cujo crescimento baixou de 22,3% em 2011 para 1,6% em 2012.

Também houve influência da desaceleração do crescimento do Brasil (de 2,7% em 2011 para 1,2% em 2012) e da Argentina (de 8,9% a 2,2%), cujas economias somam 41,5% do PIB regional, segundo um relatório apresentado nesta terça-feira na sede de Santiago do organismo.

Nesse sentido, a Cepal cortou suas previsões de crescimento para a região de 3,2% para 2012 e 4% para 2013 projetado em outubro.

Contudo, a diminuição do desemprego (de 6,7% a 6,4%) e o incremento médio dos salários na região aumentaram o consumo e se converteram em um fator crucial para o crescimento de 2012.

"A região chegará ao final de 2012 com uma expansão de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 3,1%", enquanto "a recuperação de Argentina e Brasil e o dinamismo da demanda interna permitirão que a região cresça em torno de 3,8% no próximo ano", indicou um relatório da Cepal apresentado nesta terça-feira em sua sede em Santiago.

O crescimento da América Latina em 2012, que é levemente menor que o 3,2% previsto pelo Cepal em outubro passado, é maior que o crescimento mundial esperado (2,2%), "o que demonstra que a crise econômica global teve um impacto negativo, mas não dramático no continente", disse o Cepal.

Ainda segundo o organismo, a economia mundial foi afetada em 2012 pela recessão na Europa, resultante de desequilíbrios financeiros, fiscais e de competitividade, junto com a desaceleração da China e do crescimento modesto dos Estados Unidos.



O Panamá se manterá como a economia com maior crescimento na região em 2012 (10,5%), seguida por Peru (6,2%), Chile (5,5%) e Venezuela (5,3%), disse o Cepal.

Na outra ponta da balança está o Paraguai, com contração de 1,8%, seguido pelo Brasil, com um crescimento de apenas 1,6%.

Contudo, a expansão de 3,8% prevista para 2013, menor que os 4% previstos pelo Cepal em outubro passado, dependerá da evolução da economia mundial, principalmente pelas dificuldades econômicas de Europa, Estados Unidos e China.

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