Pedro Rocha Franco
postado em 14/12/2012 08:36
Uma pesquisa divulgada ontem mostra um cenário surpreendentemente positivo sobre os serviços oferecidos pelas operadoras de planos de saúde. O número de empresas com nota azul saltou de 566, em 2010, para 913 no ano passado. E o índice das classificadas como muito ruins é de apenas 4,1%. As informações são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com base em informações das próprias companhias. No entanto, o resultado confronta com o que o consumidor vê. O registro de reclamações contra essas companhias cresceu 226% de dezembro de 2010 a novembro deste ano, também segundo a ANS. Tanto que muitas delas ficaram proibidas de vender planos, principalmente pelo mau atendimento e pelo aumento de queixas. A partir de 2013, a agência avaliará as operadoras a partir de levantamento feito diretamente com os clientes.
Em 2011, de acordo com os números apresentados ontem, obtiveram as melhores avaliações 735 entidades médico-hospitalares e odontológicas, com quase 46 milhões de beneficiários. Na anterior, eram apenas 482 empresas com 33,7 milhões de usuários. A faixa de notas vermelhas caiu de 383 companhias, em 2010, para 54 (responsáveis por 474 mil pessoas), no ano passado. Em contrapartida, segundo dados da ANS, em dezembro de 2010, o índice de reclamações referente a empresas de grande porte era de 0,33 (varia de 0 a 1), passando para 0,49 em novembro do ano seguinte e 0,86, no mês passado. A coordenadora da Qualidade e do Conhecimento da ANS, Andrea Lozer, afirma que a discrepância entre os dados é reflexo de dois retratos distintos do setor. ;O indicador de desempenho é uma foto e o de reclamações, outra. É preciso avaliar o conjunto dos números;, afirma.