postado em 14/12/2012 10:00
O Brasil voltou a crescer em outubro o primeiro mês do quatro trimestre do ano. Segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um indicador que tenta antecipar o Produto Interno Bruto (PIB), houve avanço de 0,36% no mês. Esse desempenho positivo, porém, pode estar ameaçado em novembro pelo comércio. Na avaliação de especialistas, o penúltimo mês de 2012 pode apresentar retração de aproximadamente 0,7% no varejo e, dependendo do resultado do segmento de veículos, esse tombo pode ser maior ainda. Indicadores da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revelam que entre outubro e novembro o emplacamento de automóveis novos encolheu 9,05%; na comparação com igual mês de 2011 o recuo foi de 10,56%. Essa queda na venda de veículos, segundo especialistas, se explica por uma antecipação de compras. As famílias, receosas de perder benefícios fiscais, correram às lojas em outubro e, em novembro, mesmo com o incentivo renovado, os consumidores já haviam adquirido os carros que desejavam, o que diminuiu o ímpeto por novos gastos.
A expectativa, porém, é que em dezembro, com a chegada do Natal e do 13; salário, esses números se recuperem, mas não o suficiente para fazer o PIB mudar do patamar atual. Pelos dados IBC-Br, no acumulado do ano até outubro o país cresceu 1,14%, em 12 meses esse avanço foi de 1,21%. Esses números da autoridade monetária, entretanto, tendem a se reduzir ainda mais nas próximas divulgações. A estimativa do mercado é que o ano feche com um crescimento abaixo de 1%.