Economia

Novas reduções permanentes de impostos somarão R$ 40 bilhões no próximo ano

postado em 19/12/2012 14:54
Brasília ; Além das desonerações para estimular o consumo neste ano, que somaram R$ 45 bilhões, o governo pretende promover reduções adicionais de tributos que somarão R$ 40 bilhões em 2013, disse hoje (19/12) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em café da manhã com jornalistas, ele disse que as novas desonerações serão permanentes e essenciais para melhorar a competitividade da economia brasileira.



;As novas desonerações são permanentes e não estou me referindo ao IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] reduzido que é temporário e será recuperado no próximo ano;, declarou o ministro. Segundo ele, uma das desonerações permanentes diz respeito à inclusão de novos setores da indústria no novo modelo de pagamento da contribuição à Previdência Social.

Na avaliação do ministro, os estímulos pontuais para determinados setores da economia, como automóveis e eletrodomésticos da linha branca, concedidos ao longo de 2012 foram necessários para reaquecer a economia e evitar demissões. Mantega, no entanto, destacou que essas medidas foram apenas temporárias. ;Esses são instrumentos de curto prazo que agora são combinados com medidas de longo prazo que representam uma mudança estrutural da economia;, disse.

Segundo Mantega, a continuidade das desonerações só foi possível por causa da redução dos juros neste ano. ;Só podemos fazer desonerações porque o custo financeiro caiu;, ressaltou. Ele destacou que o país está pagando cada vez menos juros da dívida pública, o que abre espaço para reduções permanentes de tributos sem prejudicar o equilíbrio das contas públicas. ;O Brasil continua um dos países com maior solidez fiscal;, avaliou.

A fatia do pagamento dos juros da dívida pública caiu de 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para 4,6% em 2012 e, de acordo com o ministro, deverá fechar 2013 em 4,4%. Apesar disso, o ministro considera alta a parcela desembolsada pelo governo. ;O Brasil é um dos países que mais comprometem recursos com o serviço da dívida pública. A Itália, que está em dificuldade, paga 2,9% do PIB e eles estão achando muito;, acrescentou Mantega.

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