postado em 21/12/2012 17:37
Rio de Janeiro ; Os consumidores com menor poder aquisitivo, com renda familiar de até R$ 2,1 mil, pretendem gastar mais neste Natal, em comparação com as demais classes. A informação aparece na Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) referente ao mês de dezembro, divulgada nesta sexta-feira (21/12).A economista Viviane Seda, coordenadora da pesquisa, considera que a maior disposição às compras dos consumidores de menor poder aquisitivo justifica-se pela recomposição do salário mínimo nos últimos anos, obtendo ganhos reais sucessivos diante da inflação.
;Existe uma certa estabilidade quanto ao indicador de compras de Natal, em relação ao ano passado, mas quem está mais disposto a comprar neste Natal são os consumidores de classe de renda mais baixa. Significa que essa classe, apesar de ter apresentado dificuldades financeiras nos últimos meses, com o orçamento mais apertado, agora no final do ano está recompondo a demanda reprimida, com maior impulso para comprar, reorganizando seu orçamento doméstico e quitando dívidas;, avaliou Viviane.
A pesquisa mostrou que os consumidores, de forma geral, continuam insatisfeitos com a situação financeira, mas estão mais dispostos a comprarem bens de consumo duráveis. Isso mostra que eles estão confiantes em relação à sua capacidade de pagamento no futuro, influenciados inclusive pelo baixo desemprego. "Esses consumidores estão com ganho real em relação às demais classes de renda.;
Os presentes mais lembrados na pesquisa são: roupas, citadas por 43% dos entrevistados; brinquedos, 21,1%; eletroeletrônicos, 7,5%; artigos pessoais, 6,6%; lembrancinhas, 5,3%; perfumes, 4,8%; livros, 4,6%; dinheiro, 2,7%; calçados, 1,5%; utilidades domésticas, 0,7%; bebidas, 0,6%, e eletrodomésticos, 0,6%.