Economia

Fundos de pensão são investimentos menos seguros atualmente

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 23/12/2012 07:00
Os trabalhadores que têm dinheiro aplicado em fundos de pensão nunca correram tanto risco como agora. Com os juros dos títulos públicos no menor nível, de 7,25%, qualquer erro dos administradores poderá comprometer o tão sonhado complemento às aposentadorias. Com isso, recentemente, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) decidiu reduzir em 0,25 ponto percentual ao ano a meta atuarial (rentabilidade mínima) das entidades de tal forma que, em 2018, ela chegue a 4,5%. Hoje, 42% dos fundos de pensão ainda estão com esse indicador em 6% ao ano, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse tipo de previdência privada administra hoje um patrimônio superior a R$ 626 bilhões, o equivalente a 14% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Reduzir a meta atuarial significa que as entidades terão que contar com maior volume de recursos em caixa porque as reservas não renderão mais o esperado. O secretário de Políticas de Previdência Complementar do governo federal, Jaime Mariz, explicou que a decisão do conselho reflete o cenário atual de juros mais baixos da economia brasileira. Além de ser uma adequação à realidade do mercado, a medida pretende, segundo ele, incentivar a diversificação de investimentos nos fundos de pensão. ;É necessário que eles criem alternativas e que não se concentrem apenas em títulos públicos;, ressalta.

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