Economia

Acesso à internet deixou de ser luxo e torna-se necessidade para brasileiro

O aumento da renda e as transformações sociais da última década permitem a formação de uma classe C diversa, com mais educação e tecnologia

postado em 25/12/2012 06:02
No quarto-cozinha de 20m; em que a gerente comercial Gilmaria Araújo, 25 anos, mora, quase tudo foi comprado pela internet. Do notebook à mesa de jantar, passando pelo micro-ondas, o fogão, o reprodutor de DVD, a televisão, o smartphone e o armário de cozinha. A extensa lista, que inclui outros móveis e mais apetrechos tecnológicos, é a síntese da expressão ;tudo ao mesmo tempo, agora;, usada para descrever uma geração de pessoas que quer viver intensamente o hoje, sem desgrudar do celular, do tablet e das redes sociais.

Entre 2002 e 2012, cerca de 40 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza. Com mais dinheiro no bolso e mais dignidade, eles passaram a integrar uma nova e fortalecida classe média, que está mais plural, educada e, também, conectada. Nos últimos anos, ao passo que ia colecionando novos membros, a chamada classe C foi mudando a cara do Brasil tecnológico.

O acesso à internet, em 2006, era restrito a apenas 35,3 milhões de pessoas. Seis anos depois, esse número já ultrapassa os 83,4 milhões. Não por acaso, os 48,1 milhões de novos usuários alçaram o Brasil ao posto inédito de quinto país em número de conexões à rede mundial de computadores. Atentas a esse fenômeno, as empresas com atuação no país tiveram de se adaptar. ;Nós fomos à favela no Rio de Janeiro e vimos que talvez fosse um bom negócio fazer como os donos de lan house. Eles cobravam por hora, e não por dados, para o cliente acessar a internet;, lembra o diretor da TIM para a Região Centro-Oeste, Leonardo Queiroz.

O aumento da renda e as transformações sociais da última década permitem a formação de uma classe C diversa, com mais educação e tecnologia

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