Economia

EUA adotarão medidas excepcionais para evitar default

Agência France-Presse
postado em 26/12/2012 19:39
WASHINGTON, 26 dez 2012 (AFP) - O governo dos Estados Unidos irá atingir seu limite da dívida em 31 de dezembro, mas estão sendo tomadas medidas extraordinárias para adiar o default do país, disse nesta quarta-feira o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

Em uma carta enviada ao Congresso, Geithner disse que o Tesouro irá começar a tomar medidas extraordinárias para "temporariamente adiar a data na qual os Estados Unidos não poderão mais cumprir com suas obrigações legais".



Geithner advertiu que não sabe quanto tempo poderá oferecer à Casa Branca e aos legisladores americanos caso este não cheguem logo a um acordo sobre um compromisso orçamentário para evitar que a economia mergulhe no "abismo fiscal", .

Segundo o secretário, entre as medidas extraordinárias estão o travamento da emissão de alguns títulos do governo estadual e municipal, o que, sob circunstâncias normais, deve gerar um prazo maior de cerca de dois meses. "Contudo, dada a incerteza que existe agora no que diz respeito às políticas de gastos para 2013, não é possível prever a duração efetiva destas medidas", afirmou.

A partir do meio-dia (1700 GMT; 15H00 de Brasília) de sábado, os Estados Unidos vão "começar a tomar certas medidas extraordinárias autorizadas por lei para temporariamente adiar o default. Oficialmente, a Casa Branca tem até o final do mês para acertar as maneiras de reduzir os gastos e elevar os impostos para reduzir a dívida antes que isso seja feito de maneira automática, como prevê a lei, o que poderia levar o país à recessão, segundo alguns especialistas.

Obama encurtou suas férias de Natal para retornar nesta quarta-feira a Washington e reiniciar as negociações fiscais, informou a Casa Branca. O presidente encontrava-se junto a sua família no Havaí e deve retomar as negociações na quinta-feira.

Apesar de semanas de negociações, Obama não alcançou um acordo com os republicanos para evitar o temido abismo fiscal, que levará, a partir de 1; de janeiro, a uma alta generalizada de impostos e a cortes automáticos nos gastos públicos, sobretudo na área social.

No dia 1; de janeiro também expiram as reduções de impostos para todos os contribuintes, herdadas da presidência de George W. Bush e que os republicanos pretendem renovar.

Contudo, Obama deseja excluir destas reduções os americanos com receitas superiores a 400 mil dólares por ano, depois de ter abandonado durante as negociações sua base de 250 mil dólares.

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