postado em 28/12/2012 08:37
Passaram-se quase cinco décadas desde que militantes da causa feminista decidiram atear fogo em sutiãs, episódio que acabou se tornando um marco do processo de liberação da mulher na sociedade moderna. Desde então, em diversas partes do mundo, de coadjuvantes elas passaram a protagonistas no mercado de trabalho, na política e, principalmente, no convívio familiar. No Brasil, onde 40 milhões de pessoas ascenderam à classe média nos últimos 10 anos, não foi diferente. De cada R$ 100 consumidos pela Classe C em produtos e serviços, as mulheres são responsáveis por R$ 70. O valor é quase três vezes maior do que gastam, proporcionalmente, as mulheres mais ricas. Nas classes A e B, dos mesmos R$ 100 despejados no mercado, elas participam com apenas R$ 25.Com mais dinheiro no bolso, elas passaram a ditar as regras em casa. De acordo com dados do instituto Data Popular, nos lares da Classe C são as mulheres quem decidem quais alimentos a família vai consumir, quais hospitais ou médicos procurar e em qual escola os filhos vão estudar. ;Há uma pluralidade da nova classe média que trouxe mais identidade ao país. E nesse novo quadro, quando o assunto é o orçamento familiar, quem toma as decisões na Classe C é a mulher;, disse ao Correio o ministro da Secretaria de Assuntos Especiais (SAE) da Presidência da República, Moreira Franco.