Madri - Os primeiros seis meses de 2013 serão "muito duros" para a economia espanhola, advertiu nesta sexta-feira (28/12) o chefe do executivo, o conservador Mariano Rajoy, em uma coletiva de imprensa destinada a fazer o balanço de seu primeiro ano de governo.
"Ainda teremos pela frente um ano muito duro, especialmente em sua primeira metade, e temos que perseverar nas reformas que empreendemos", afirmou Rajoy.
"A economia espanhola seguirá em recessão por algum tempo e esperamos que comece a melhorar na segunda metade do ano que vem", acrescentou.
Novamente em recessão desde o fim de 2011, menos de dois anos depois de ter saído desta situação, a economia espanhola não consegue retomar o crescimento, registrando uma taxa de desemprego acima de 25%.
Desde sua chegada ao poder, em dezembro do ano passado, o governo de Rajoy realizou muitas reformas, como a reestruturação de seu setor financeiro e das condições de trabalho, assim como uma draconiana política de austeridade.
Seu objetivo é levar para abaixo de 3% do PIB em 2014 um déficit que em 2011 alcançou 9,4% e recuperar a confiança dos mercados para poder se financiar a taxas mais baixas que as atuais.
"Embora nem todos possam notar, esta política já está dando alguns frutos tanto em termos puramente econômicos (..) quanto, sobretudo, na recuperação da confiança e do reconhecimento de nossos sócios europeus e dos mercados financeiros internacionais", afirmou Rajoy.