O governo revelou ontem como vai alcançar a meta de redução média de 20,2% nas contas de luz, a partir de fevereiro. Quase um mês após a presidente Dilma Rousseff afirmar que o caixa federal bancaria a diferença deixada pela negativa de grandes concessionárias estaduais em renovar contratos com corte de receita, a solução apresentada foi ampliar a desoneração. ;Vamos reduzir mais os encargos setoriais do que o originalmente previsto para chegar ao percentual desejado em todo o país;, afirmou o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
A Medida Provisória (579), de 11 de setembro, confirmada pelo Congresso na semana passada, extinguiu dois encargos setoriais incidentes nas tarifas de eletricidade ; a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR). Outra, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), seria reduzida a 25% do valor atual. Mas esse percentual deverá cair ainda mais, como sinalizou Augustin. No ano passado, foram arrecadados R$ 5,57 bilhões com a CCC, R$ 2 bilhões com a RGR e R$ 3,31 bilhões com a CDE.