postado em 09/01/2013 06:04
Pequim ; Com dinheiro de sobra e senso de oportunidade afiado, os chineses querem transformar os sucessivos apagões no Brasil em um bom negócio. Não por acaso, o país foi escolhido pela segunda maior economia do mundo como principal alvo de sua expansão internacional na área de energia. Somente no ano passado, 70 grandes cortes de luz , alguns deles com mais de nove horas de duração, deixaram milhões de brasileiros no escuro.De olho nessas falhas, o gigante asiático quer vender conhecimento ao governo brasileiro e equipamentos para todo o setor energético, sobretudo para a combalida área de transmissão, além de participar como investidor direto e concessionário de grandes projetos de infraestrutura. Tudo por meio da State Grid Corporation, principal empresa de serviço público do mundo.
Apesar da larga diferença de patamar do sistema chinês, nove vezes maior que o brasileiro, o interesse da State Grid está baseado nas oportunidades de novos negócios e na exploração das semelhanças entre os desafios elétricos de ambos os países. ;Encaramos a mesma realidade de ter as unidades geradoras concentradas em uma região distante dos principais centros de consumo, o que exige aplicação de muitos recursos e esforços para conter perdas no transporte;, comentou o presidente da subsidiária brasileira, Cai Hongxian.