Economia

Ex-ministro diz que situação de racionamento em 2001 era diferente de agora

Rodolpho Tourinho foi ministro de Minas e Energia entre 1999 e 2001, ano em que houve racionamento de energia. Segundo ele, não há como comparar situações

postado em 11/01/2013 14:53
Ministro de Minas e Energia entre 1999 e 2001, ano em que houve racionamento de energia no país, Rodolpho Tourinho disse nesta sexta-feira (11/1) que não é possível comparar a situação atual do sistema elétrico brasileiro com o de 12 anos atrás. Segundo ele, a capacidade de geração de energia termelétrica hoje é muito maior, em torno de 14 mil megawatts.

Ele não acredita em risco de racionamento. ;O que está se olhando é nível de reservatório, quando o que tem que se olhar é nível de reservatório e a capacidade de geração térmica;, disse Tourinho. Ele é presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada e falou após se reunir por cerca de duas horas com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

;O que ocorreu em 2001 é que não tinha geração térmica e nem se conseguiu fazer um programa emergencial, que aliás deveria ter sido feito anos antes de 2001. São aquelas térmicas que foram programadas (no governo FHC) e outras, no governo Lula, que hoje levam a essa posição de se ter 14 mil megawatts de geração térmica;, disse Tourinho.

Segundo o ex-ministro, os assuntos tratados hoje com a presidenta foram a necessidade de ampliação do financiamento privado e a qualificação de pessoal. Ele disse que o país nunca houve volume tão grande de obras em andamento e programadas. Daí a participação do financiamento privado em infraestrutura ser importante para complementar a atuação do BNDES.

Sobre a qualificação de pessoal, ele disse que é compromisso assumido pela indústria da construção com o governo, e será ampliado este ano. ;O setor da construção pesada tem número muito grande de obras, vive quase no pleno emprego e nessas condições a gente precisa qualificar essas pessoas;.



Rodolpho Tourinho disse que confia no caminho que o país está seguindo e que o setor privado tem papel crucial nos programas de melhoria da infraestrutura do país. ;O papel da iniciativa privada, hoje, talvez seja mais importante do que foi até aqui". Segundo ele, os programas são de governo, mas a responsabilidade maior é da iniciativa privada. "Por isso ela deve estar afinada com todo esse grande programa de investimento em infraestrutura que está sendo feito;, disse o ex-ministro.

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