Rosana Hessel
postado em 18/01/2013 07:05
O Banco do Brasil poderá assumir o controle acionário do Banco Votorantim, do qual comprou metade do capital no fim de 2009, quando a instituição financeira fundada pela família de Antônio Ermírio de Moraes quase quebrou. A negociação do banco público com os sócios privados está avançada, mas ainda depende do aval do Ministério da Fazenda, que vê com reservas a operação. Teme-se uma repercussão negativa no mercado sobre a possível estatização do Votorantim, sobretudo neste momento em que o governo enfrenta duras críticas por causa de sua postura mais intervencionista na economia.
Caso essa opção seja vetada, o BB tem duas alternativas sobre a mesa de seu presidente, Aldemir Bendine. A primeira seria aumentar, dos atuais 49% para até 100%, o total de ações preferenciais (sem direito a voto) do Votorantim que estão em poder da instituição federal. A segunda, abrir o capital do banco dos Ermírio de Moraes, comprar parte dos papéis que seriam lançados e ofertar o restante aos investidores. ;As opções existem e estão sendo analisadas com todo o cuidado possível. Mas é importante deixar claro: temos que resolver a nossa situação no Votorantim ainda neste ano;, disse ao Correio um técnico do governo. ;E que fique claro, estamos falando de um excelente negócio para o BB;, emendou.