Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 28/01/2013 07:12
A cruzada do governo contra os juros bancários transformou o setor financeiro. Custos antes absorvidos facilmente pelas taxas cobradas dos consumidores tornaram-se pesos quase insuportáveis para algumas instituições. Por isso, a ordem é cortar excessos e, na mira, estão os caixas eletrônicos. Segundo um executivo de uma das maiores instituições do país, alguns bancos estão fazendo um esforço para acelerar o compartilhamento das redes. O objetivo é permitir ao consumidor fazer saques em qualquer terminal eletrônico, não importa qual seja a bandeira estampada nele. Outros custos e plataformas também devem ser repartidos, principalmente entre os grandes bancos.Esse movimento, segundo especialistas, é um retrato do que se intensificou no restante do mundo, a partir da crise de 2008, quando a quebra do banco Lehman Brothers esfacelou o mercado financeiro. Cortar custos tornou-se uma tendência para o setor bancário em todo o mundo e o Brasil não ficou de fora. A diferença é que, no exterior, esse processo começou mais cedo, sobretudo pela intensa concorrência e pelas margens de lucro apertadas. Por aqui, o caso mais conhecido é o da já tradicional rede 24 horas, em que clientes de vários bancos podem sacar dinheiro. A perspectiva é que esse tipo de parceria se amplie.