Economia

Congresso norte-americano adia prazo final sobre teto da dívida até maio

Legisladores têm três meses para as negociações do orçamento de alto risco

Agência France-Presse
postado em 31/01/2013 21:31
O Congresso norte-americano votou nesta quinta-feira a suspensão do teto da dívida até maio, dando aos legisladores três meses para as negociações do orçamento de alto risco e evitando um potencial default.

O Senado aprovou, com 64 votos a favor e 34 contra, a medida, que já tinha sido aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada, autorizando o governo a exceder o limite legal de endividamento até o dia 18 de maio. Democratas e republicanos lutam para alcançar um acordo mais amplo para controlar os déficits e a dívida federal.

Com esta decisão adotada em uma casa dominada pelos republicanos, os legisladores afastam a ameaça de default.



Os Estados Unidos excederam o limite de endividamento estabelecido pelo Congresso de 16 bilhões de dólares no final do mês passado, e o Departamento do Tesouro adotou medidas extraordinárias para poder seguir pagando as contas do governo até o final de fevereiro.

O líder do Senado, o democrata Harry Reid, falou antes da votação e pediu que seus colegas votassem pelo projeto de lei, dizendo que a solução a curto prazo é melhor do que nada.

"Aumentar a possibilidade de que os Estados Unidos possam descumprir suas obrigações em poucos meses não é uma forma ideal para dirigir um governo. Mas uma solução a curto prazo é melhor do que outra crise iminente e fabricada", disse.

"Quero lembrar a meus colegas republicanos que a maioria deles votou por incorrermos em dívidas que vencem agora. E suspender o teto da dívida não autorizará nem um centavo para novos gastos, mas garantirá que pagaremos as contas que já assumimos", acrescentou Reid.

Onze republicanos votaram com os democratas pela aprovação do projeto de lei.

Mas o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, não seguiu a orientação, alegando que antes da votação o governo deveria aceitar cortar gastos e não se endividar mais.

"O presidente (Barack Obama) parece estar feliz em duplicar simplesmente mais do mesmo. Ele quer gastar mais, o que apenas vai piorar nosso déficit de trilhões de dólares", considerou.

Os republicanos haviam tentado antes submeter uma extensão do limite da dívida aos cortes forçados de gastos. Mas essa postura ameaçou retomar o tenso conflito do verão passado (hemisfério norte) e aumentou o risco de um catastrófico default.

Em 2011 a disputa em torno do limite da dívida levou à decisão sem precedentes da agência de classificação de risco Standard & Poors de rebaixar a classificação del crédito de Estados Unidos.

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