postado em 01/02/2013 06:05
O reajuste dos combustíveis autorizado pelo governo se disseminou ontem. Ao longo do dia, os postos que ainda não haviam repassado aos consumidores o aumento de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, nas refinarias, trataram de mudar as tabelas. Na média, a gasolina comum foi comercializada a R$ 2,99, com aumento de 5%, mas, em vários estabelecimentos, os preços chegaram a R$ 3,04, incorporando toda a correção anunciada na noite de terça-feira pela Petrobras. No caso da aditivada, que vinha sendo vendida pelo mesmo valor da comum (R$ 2,85), o litro passou para R$ 3,13 ; alta de 10%, mais do que o dobro dos 4,4%, em média, previstos pelo governo.
A gula do empresariado irritou a presidente Dilma Rousseff, que ordenou ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional do Petróleo (ANP) uma ação coordenada para conter os abusos. A presidente também não escondeu o seu descontentamento com as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que novos reajustes estão por vir e que o aumento já anunciado ;não atrapalha ninguém;. O Palácio do Planalto avaliou que Mantega deu munição à oposição, que está usando as redes sociais para colar no governo a imagem de que dá com uma mão (corte de 18% na conta de luz residencial) e tira com outra (elevação dos combustíveis).