Economia

Presidente da Petrobras diz que 2013 será mais difícil que 2012

Petrolífera estima uma produção média neste ano no mesmo nível de 2012, de 1,98 milhão de barris diários no Brasil

Agência France-Presse
postado em 05/02/2013 15:22

Rio de Janeiro - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, alertou nesta terça-feira em coletiva de imprensa que 2013 será mais difícil do que 2012 para a empresa, já que a produção de petróleo será afetada devido à interrupção de algumas plataformas para manutenção, especialmente no primeiro semestre.

O ano de "2013 vai ser mais difícil do que 2012", principalmente até o começo de julho ou agosto, disse a presidente da empresa em uma coletiva de imprensa."Não temos condições de aumentar a produção nacional fisicamente (...) Estamos paralisando plataformas para manutenção", o que é indispensável para uma "produção sustentável em curtíssimo prazo", explicou.

Foster mantém para este ano a mesma meta de produção de 2012, de 2,02 milhões de barris de petróleo por dia (b/d), com uma margem de 2% para mais ou para menos, mas alertou que a produção estará mais próxima "de 2% para menos", aproximando-a do resultado do ano passado de 1,98 milhão de b/d.

Para o segundo semestre do ano, Foster espera uma "decolagem" da produção, graças a seis novas plataformas que começarão a operar ao longo de 2013."Este é um ano difícil, mas podemos superá-lo", afirmou Foster.

Convergência

Os recentes reajustes de preços na gasolina e no diesel não foram suficientes para eliminar a diferença entre preços internacionais e nacionais devido ao aumento do preço do barril de petróleo e, sobretudo, pela desvalorização do real, segundo a empresa. Ambos os fatores tornam mais caras as compras de hidrocarbonetos e seus derivados no exterior para o Brasil.

Devido à desvalorização do real, o preço do barril de Brent calculado em reais subiu 17%, segundo a presidente da Petrobras."Trabalhamos permanentemente pela convergência dos preços", disse Foster.

O governo brasileiro, que controla a empresa, restringiu o aumento de preços do diesel e da gasolina, principalmente, no Brasil nos últimos anos. Ao mesmo tempo, a demanda de derivados cresceu com força e o Brasil foi obrigado a recorrer à importação desde 2010.

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Os lucros líquidos foram de 21,182 bilhões de reais em 2012, os piores desde 2004, segundo a consultoria Economatica.

Com gigantescos investimentos de 236,5 bilhões de dólares previstos até 2016, no maior plano de investimento empresarial mundial, a Petrobras busca uma produção de petróleo mais de duas vezes maior até 2020 para se transformar em uma das maiores produtoras do planeta após a descoberta de enormes reservas a mais de seis quilômetros abaixo do assoalho marinho, no "pré-sal".

"Vamos duplicar nosso tamanho; até 2020 vamos passar a 4,2 milhões de barris de petróleo por dia (b/d). Medidos em barris equivalentes de petróleo por dia esse número chega a cerca de 5 milhões", disse Foster.

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