Economia

De acordo com levantamento, Petrobras já vale 65,5% do seu patrimônio

O valor de mercado atual da estatal é R$ 224,8 bilhões, mesmo nível de 20 de janeiro de 2009, antes da descoberta do pré-sal

Estado de Minas
postado em 06/02/2013 17:08
A empresa tem 65,5% do patrimônio

Com a queda dos últimos meses no valor das ações em função da desconfiança do mercado, a Petrobras já vale 65,5% do seu patrimônio, segundo levantamento da Economatica divulgado nesta quarta-feira. O valor de mercado atual da estatal é R$ 224,8 bilhões, mesmo nível de 20 de janeiro de 2009, antes da descoberta do pré-sal. Já o patrimônio líquido da companhia é de R$ 343,1 bilhões. O estudo da Economatica também apontou que a relação entre patrimônio e valor de mercado é a mais baixa desde 3 de março de 1999, quando ficou em 61,1%. O maior valor de mercado atingido pela empresa foi em 8 de março de 2011, quando valia R$ 413,3 bilhões. Desde então, o valor já caiu R$ 188,5 bilhões e em 2013, a Petrobras perdeu R$ 30,1 bilhões.

Às 13h06 (horário de Brasília), as ações preferenciais da estatal caíam 2,38%, aos R$ 17,65, enquanto as ordinárias recuavam 1,33%, aos R$ 16,38. Na véspera, as ações despencaram após a apresentação dos resultados da estatal, que teve em 2012 o menor lucro (R$ 21,1 bilhões) em oito anos, queda de 36% no resultado da empresa em relação a 2011. Ontem, a presidente da Petrobras disse que os aumentos concedidos desde o ano passado ; 16,1% para o diesel e 14,9% para a gasolina ; ainda não foram suficientes para zerar a diferença entre os valores cobrados dos consumidores no Brasil e os pagos na importação de derivados.


Não bastassem os fracos resultados operacionais, a decisão da diretoria de fazer uma distribuição diferenciada de dividendos ; pagando R$ 0,97 para as ações preferenciais, mas apenas R$ 0,47 para as ordinárias ; derrubou os papéis da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF). As ações ordinárias caíram 8,29%, a maior queda desde junho de 2012. A cotação de R$ 16,60 no fechamento foi a menor desde dezembro de 2005.(Com Sílvio Ribas e agências)

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