Para compreender as razões da atual carestia brasileira, é preciso conhecer a sua anatomia, com raízes no passado distante, quando taxas mensais acima de 50% eram rotina. Até hoje, contratos diversos, como aluguéis, são atrelados a índices que sobem e descem conforme a produção agrícola e a extração de minerais. A cesta básica continua carregando alimentos antes batizados de vilões e hoje menos presentes à mesa, mas que criam pressões sobre tabelas gerais a cada excesso ou falta de chuva. Preços regulados pelo Estado, como tarifas de água, luz e telefone, carregam a memória de desordem monetária, autorizando reajustes com base em variações passadas.