Economia

Disparada da inflação assusta aos analistas econômicos e ao governo

Causas do problema têm raízes muito além da política econômica

postado em 10/02/2013 07:00
Está tudo caro. A sensação de que as altas de preços dispararam e avançam sobre todos os produtos e os serviços está sendo confirmada pelos indicadores oficiais e assustando donas de casa, trabalhadores, empresários e a própria presidente Dilma Rousseff. Depois de sofrer décadas com a inflação elevada, o Brasil parecia ter domado, há 18 anos, o dragão. Mas os constantes e cada vez mais intensos aumentos, ao lado de seguidas reações improvisadas do governo para tentar conter a sanha das remarcações, revelam uma resistência ímpar da velha criatura.

Para compreender as razões da atual carestia brasileira, é preciso conhecer a sua anatomia, com raízes no passado distante, quando taxas mensais acima de 50% eram rotina. Até hoje, contratos diversos, como aluguéis, são atrelados a índices que sobem e descem conforme a produção agrícola e a extração de minerais. A cesta básica continua carregando alimentos antes batizados de vilões e hoje menos presentes à mesa, mas que criam pressões sobre tabelas gerais a cada excesso ou falta de chuva. Preços regulados pelo Estado, como tarifas de água, luz e telefone, carregam a memória de desordem monetária, autorizando reajustes com base em variações passadas.

Causas do problema têm raízes muito além da política econômica

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