Bogotá - Após o anúncio de desvalorização de 46,5% da moeda venezuelana (bolívar) em relação ao dólar na semana passada, a oposição no país diz temer uma disparada na inflação, como efeito da medida. O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou hoje (14) as críticas da oposição e disse que as ;ações econômicas são necessárias justamente para frear o ataque especulativo contra a moeda;, o que, segundo ele, já estava ocorrendo.
;Queremos impedir o ataque contra a moeda, contra os preços dos produtos. Lutamos contra o desabastecimento induzido por setores perversos da direita econômica;, declarou Maduro, durante uma visita à uma fábrica de alimentos em Maracaibo, estado de Zuila, no Oeste do país.
Segundo o vice-presidente, as ações vão beneficiar a economia para equilibrar e permitir um crescimento mínimo de 6% este ano. O risco de aumento da inflação por causa das medidas econômicas foi lembrado hoje pela manhã pelo líder da oposição e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. A atual cotação é 6,30 bolívares por dólar americano.
Capriles pediu, via Twitter e em entrevistas, que o governo venezuelano ;freie o pacote econômico;. ;Não há como chegar ao governo, desvalorizando nossa moeda. Temos que gerar confiança no país, atrair investimentos e deixar de presentear outros países com petróleo;, atacou o oposicionista.
O ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, também respondeu às críticas de Capriles, em um tom mais ;político;. Segundo Jaua, não há riscos da inflação disparar porque ;os pacotes econômicos neoliberais ficaram no passado, desde que o presidente Hugo Chávez foi eleito, em 1998;.