postado em 21/02/2013 15:04
Com o temor de que economia ainda continue a andar de lado em 2013, o governo anunciou nesta quinta-feira (21/2) que deverá recorrer ao mercado para buscar recursos para financiar seus gastos.Segundo antecipou o Tesouro Nacional, serão emitidos até R$ 503,9 bilhões em títulos de dívida negociados junto a investidores, o que poderá elevar o passivo do Estado à marca recorde de R$ 2,2 trilhões em 2013. As informações constam no Plano Anual de Financiamentos (PAF), um documento que traz os parâmetros para as emissões de dívida pública realizadas pelo governo no ano.
Numa possibilidade mais conservadora, o plano prevê que o estoque da dívida pública poderá ser elevado em ;apenas; R$ 99,2 bilhões, passando também para a marca recorde de R$ 2,1 trilhão ao fim de 2013. Para conseguir vender bem esses papéis, o governo conta com a melhora do perfil da dívida. Entende-se como um passivo sob controle o endividamento de mais longo prazo, e que seja remunerado com juros mais baixos.
É justamente essas características que busca o governo ao anunciar o PAF deste ano. Conforme mostra o documento, a previsão é que o percentual das dívidas que vencem em até 12 meses caia dos atuais 24,4% para 21%, na previsão do limite mínimo. Já o dado que indica o patamar máximo desse endividamento poderá chegar até 25% neste ano.
Outro parâmetro importante como o prazo médio do passivo também foi alterado para cima. Pelas estimativas do Tesouro Nacional, o vencimento médio dos papéis do governo sob poder do mercado deverá subir de 4%, em 2012, para as bandas de 4,1% (mínimo) e 4,3% (máximo).
Em tese, um prazo médio mais longo significa maior confiança dos investidores de que o país irá honrar com seus compromissos por um período maior de tempo.