Economia

Inflação alta vai atormentar os brasileiros, admite Banco Central

Custo de vida se manterá elevado em todo o primeiro semestre, devido ao encarecimento da comida, dos serviços pessoais e das tarifas públicas. Reajustes só não são maiores por causa do fraco crescimento da economia

postado em 22/02/2013 06:05
Carlos Hamilton assegura que, a partir de julho, os consumidores começarão a sentir alívio no bolso
Belo Horizonte ; Os brasileiros que estão vendo o orçamento doméstico ser corroído pela disparada dos preços devem se manter em alerta. Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, a inflação continuará alta neste primeiro semestre do ano, a ponto de a instituição não conseguir levar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o centro da meta, de 4,5%, em 2013. Com isso, em três anos de governo, a presidente Dilma Rousseff não cumprirá a missão de manter o custo de vida próximo do padrão considerado ideal pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Entre os analistas de mercado, crescem as apostas de que o IPCA poderá superar os 6%, mesmo com a redução das tarifas de energia.



;Com as informações de que dispomos, não é possível acreditar em convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2013;, afirmou Hamilton. ;Teremos uma alta (de preços) com certa resistência no primeiro semestre do ano, mas a tendência é de recuo no segundo;, assegurou. Nos 12 meses terminados em janeiro, o IPCA atingiu 6,15%. No mês passado, a taxa cravou 0,86%, a maior para qualquer mês em oito anos. A tendência é de que, em fevereiro, o indicador fique em torno de 0,5%, graças ao barateamento da conta de luz. Mas, segundo o diretor do BC, os brasileiros continuarão sofrendo com a alta dos preços dos alimentos, a elevação de tarifas públicas, como passagens de ônibus, e os reajustes de serviços pessoais e de empregados domésticos, por causa da correção de 9% do salário mínimo.

Custo de vida se manterá elevado em todo o primeiro semestre, devido ao encarecimento da comida, dos serviços pessoais e das tarifas públicas. Reajustes só não são maiores por causa do fraco crescimento da economia

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