postado em 22/02/2013 10:38
Os portuários cruzaram os braços nesta sexta-feira (21/2) em protesto contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. Com duração de seis horas, a paralisação começou às 7h e deve terminar às 13h. Após três dias de reuniões em Brasília, representantes das entidades de classe da categoria decidiram pelo início da mobilização que terá um segundo dia de greve na terça-feira (26/2), das 13h às 19h. Segundo o Sindicato dos Estivadores, a mobilização, que é nacional, tem por objetivo chamar a atenção, de parlamentares e do Governo Federal, para a insatisfação da categoria quanto a alguns itens da MP, que deverá se tornar o novo marco regulatório do sistema portuário nacional.Ainda de acordo com o Sindicato dos Estivadores, cerca de 30 mil portuários em todo o país estão paralisados. Para os portuários, a MP, dentre diversos itens, aponta para a precarização da mão de obra portuária quando libera os terminais a contratarem trabalhadores fora do sistema - ou seja, aqueles que não estão cadastrados nem registrados, junto ao Órgão Gesto de Mão de Obra (Ogmo). Isso pode provocar redução do mercado de trabalho.
As federações que representam os trabalhadores portuários levaram reivindicações ao governo federal na sexta-feira (22/2), durante uma reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, no Palácio do Planalto. Representando os portuários, participam do encontro o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) e vice-presidente da FNP, Everandy Cirino dos Santos, representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva, como representante da Força Sindical. Os dois dirigentes estarão acompanhados dos deputados da bancada paulista Márcio França (PSB) e Paulo Pereira (PDT).