postado em 26/02/2013 13:24
O governo lançou, nesta manhã de terça-feira (26/2), em Brasília, o plano de desenvolvimento de arranjos produtivos locais (APLs) para os setores de petróleo, gás e naval, durante um seminário com representantes de empresários e dos ministérios envolvidos. O projeto, que integra o Plano Brasil Maior e o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), visa criar inicialmente polos industriais em cinco estados para fornecer produtos e serviços à Petrobras.Nos locais escolhidos ; Rio Grande (RS), Ipatinga (MG), Ipojuca (PE), Maragogipe (BA) e Itaboraí (RJ) ; estão sendo identificados empresas-âncora para atender a estatal, a partir das quais novos fornecedores serão agregados. "Trata-se de um grande desafio, se considerar que o desejo de aproveitar os grandes investimentos da Petrobras com o desenvolvimento regional não pode perder de vista a competitividade", alertou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges.
Ele reconheceu que a definição de cinco regiões especiais acaba "mexendo no vespeiro" das disputas dos governos estaduais e municipais por investimento, mas acredita que o papel de coordenação e de visão estratégica da União vai predominar. Neste sentido, também admitiu que a implementação de parcerias para estruturar os polos industriais só foi possível graças ao fim da chamada fiscal, envolvendo incentivos fiscais locais, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), Heloisa Menezes, as APLs tem como principal missão tornar a indústria brasileira ainda mais competitiva na área de petróleo, cujos projetos atraem a atenção de investidores estrangeiros. "Precisamos atingir uma condição de plena qualidade e eficiência como já existe no fornecimento global para a Petrobras e outras operadoras instaladas no país", sublinhou.