Priscilla Oliveira
postado em 27/02/2013 06:05
Os planos de saúde tiveram, em 2012, o maior reajuste dos últimos cinco anos. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a correção média dos convênios alcançou 7,93%, bem acima da inflação de 5,84% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor amplo (IPCA). E os brasileiros não devem ter trégua. Dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) apontam que os aumentos acima da inflação devem continuar, puxados pela elevação dos custos médico-hospitalares, que acumularam, nos 12 meses terminados em junho de 2012, alta de 16,4%. Trata-se de repasses reprimidos, que tendem a chegar às mensalidades nos próximos meses.
O Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH), levantado pelo IESS anualmente, considera as despesas que as operadoras têm com consultas, exames, terapias e internações por beneficiários de planos individuais. Atualmente, esse tipo de convênio representa cerca de um quarto do mercado, com 10 milhões de associados. As internações lideram as despesas, com elevação de 16,6%. Segundo a ANS, os gastos totais com internações das associadas da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) ; que detém mais 30% do sistema de saúde privado ; passaram de R$ 4,9 bilhões, em 2007, para R$ 15,4 bilhões, em 2012, uma variação de 215,4%.