postado em 28/02/2013 16:55
Beneficiadas pela redução de 20% sobre a contribuição patronal paga ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), as indústrias de eletroeletrônicos dizem que a desoneração da folha permitiu a redução imediata dos preços desses produtos ao consumidor. Em 2012, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a inflação acumulada desses itens foi de, em média, 2,74%.
No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu mais do que o dobro desse percentual, 5,84%.
;Ou seja, mesmo com toda a desvalorização da moeda no ano passado, a nossa inflação foi 2,74%. Então, é possível dizer que as empresas estão repassando aos preços dos produtos os ganhos que estão tendo com essa situação de desoneração;, disse o presidente da entidade, Humberto Barbato.
Para ter direito à desoneração da folha, as empresas tiveram que pagar um imposto adicional que varia entre 1% a 2% sobre o faturamento. A ideia é reduzir o custo de formalização de trabalhadores principalmente para as companhias intensivas em mão de obra, como é o caso das indústrias de eletroeletrônicos.
Barbato disse que, mesmo com a medida, houve, em 2012, perda de fôlego das contratações do setor. ;Em 2011 foram gerados 10 mil postos, ao passo que, ano passado, só 3 mil;, disse. Entretanto, contou o presidente da Abinee, não fosse a desoneração, a tendência era que houvesse demissões e não novas contratações no setor.
;Qualquer redução de tributos é sempre muito bem-vinda, principalmente no momento em que a indústria estava, com concorrência internacional muito forte;, contou.
Barbato participou esta quinta-feira, 28, de uma reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. Além dele, também estavam presentes na audiência os representantes do setor têxtil e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).