postado em 01/03/2013 14:43
Londres %u2013 A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, reagiram com otimismo em relação ao modesto crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012. Segundo Gleisi, o índice faz parte de um cenário "passado", e o que se verifica hoje é uma aceleração no desenvolvimento. "O resultado do PIB era esperado e reflete o passado, principalmente por causa da crise que tivemos na indústria. Mas a economia brasileira já começa a recuperar os investimentos. Também tivemos sinais bem claros de recuperação da indústria%u201D, afirmou a ministra, acrescentando que o setor de serviços e o agronegócio têm apresentado bom desempenho nos últimos meses.
O presidente do BNDES reforçou o discurso de Gleisi e disse que o crescimento dessas áreas vai impactar positivamente os números do país. "Além dos setores de serviços e do agronegócio, destacaria a construção e a cadeia de óleo e gás, cujos investimentos recuaram um pouco no primeiro semestre do ano passado, mas que agora estão firmes. Temos várias frentes em que as perspectivas são favoráveis", informou Coutinho. "A expectativa de que o país possa crescer 3% em 2013 num processo de contínuo fortalecimento na taxa de crescimento é perfeitamente factível. Temos que olhar a tendência, e a tendência é de recuperação", completou.
As declarações de Gleisi e Coutinho foram dadas em Londres na manhã desta sexta-feira (1º/3). Ao lado de outros integrantes do alto escalão federal, eles se reuniram com grupos estrangeiros na tentativa de captar recursos para o programa de infraestrutura apresentado na última terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Nova York. A previsão do governo é investir US$ 235 bilhões nas próximas décadas. O projeto prevê as concessões de portos, estradas e ferrovias, além dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), e do Trem de Alta Velocidade que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O pacote ainda inclui os novos contratos no setor elétrico e a exploração de petróleo e gás.