Madri - Os funcionários da companhia aérea espanhola Iberia iniciaram uma nova greve de cinco dias contra as demissões previstas na empresa, que foi obrigada a cancelar nesta segunda-feira (4/3) 250 voos, e 1.370 até sexta-feira (8/3), segundo a companhia. Os sindicatos situam a adesão da greve em 95% dos funcionários de terra e ar, que protestam contra os planos do grupo IAG, formado pela fusão da Iberia e da British Airways em 2010, para a companhia aérea espanhola.
[SAIBAMAIS]Este plano de reestruturação contempla a redução de 15% da capacidade da Iberia e a supressão de 3.800 postos de trabalho sobre um total de 20.000. A greve, prevista para até sexta-feira (8), provocou nesta segunda-feira, seu primeiro dia, o cancelamento de 82 voos da Iberia, 37% dos que estavam programados, informou o porta-voz da companhia.
As outras companhias aéreas que operam ou compartilham serviços com a Iberia - Iberia Express, Air Nostrum e Vueling - cancelaram outros 165 voos devido ao protesto, que até sexta-feira provocará a supressão de um total de 1.370 operações. "Como na outra semana (de greve), todos os passageiros afetados foram realocados ou seu dinheiro foi reembolsado", disse um porta-voz da companhia espanhola.
Os funcionários da Iberia já protagonizaram uma greve de 18 a 22 de fevereiro e planejam outra de 18 a 22 de março. Durante estes protestos, a companhia garante um serviço mínimo como estipula a lei espanhola. Os sindicatos convocaram nesta segunda-feira uma manifestação no aeroporto madrilenho de Barajas para defender os funcionários da Iberia e "também a sociedade espanhola e seus interesses estratégicos no turismo e no transporte aeronacional que estão se desmantelando", afirmou à AFP Manuel Atienza, representante do sindicato UGT.