Economia

Suspensão de pagamentos no RJ pode provocar demissão e falência

Pagamentos foram suspensos devido a decisão do Congresso Nacional que alterou a repartição dos royalties do petróleo entre estados e municípios

postado em 08/03/2013 18:44
Rio de Janeiro - Se o governo fluminense manter a suspensão de todos os pagamentos agendados devido à decisão do Congresso Nacional que alterou a repartição dos royalties do petróleo entre estados e municípios, é possível que haja demissão em massa de operários e quebra de empresas. Foi o que disse nesta sexta-feira (8/3) o presidente da Associação das Empresas de Engenharia do Estado do Rio de Janeiro (Aeerj), Francis Bogossian.

Bogossian manifestou esperança de que a suspensão dos pagamentos não ocorra. "Não temos a menor condição de executar obra sem receber, porque a gente paga empregado, compra material com antecedência e também pagamos impostos. O imposto tem data para recolher, independentemente do recebimento. Eu espero que a medida [de suspensão dos pagamentos] não seja bem assim;.

O presidente da Aeerj deixou claro que as obras vão parar se o governo do estado deixar de pagar as empreiteiras. ;Parar obra significa demitir empregado. Aí vai quebrar empresas. As empresas não estão preparadas para parar de receber, parar de executar as obras que conseguiram contratar;.

Bogossian avaliou que a suspensão de pagamentos anunciada ontem (7) pela Secretaria Estadual de Fazenda do Rio de Janeiro tem um aspecto social ;enorme;. Ele coordena a Frente Pró-Rio, iniciativa suprapartidária que reúne 40 associações de classe com o objetivo de lutar por recursos do Orçamento da União para as demandas do estado e seus municípios. A entidade se pronunciou contrária à suspensão do pagamento dos royalties aos estados produtores.



O presidente da Aeerj espera que a Secretaria Estadual de Fazenda e o governador Sérgio Cabral Filho repensem a decisão, ;porque isso vai ser uma calamidade;. Ele acredita, contudo, que a medida não vá se concretizar. ;Porque vai ser uma desgraça total e completa;.

O montante programado para ontem (7), quando foi anunciada a decisão de suspensão de todos os pagamentos agendados, exceto aqueles relativos a despesas de pessoal, totalizava R$ 82 milhões. A previsão para o mês alcança R$ 470 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Fazenda, o valor ;não incorpora a folha de ativos e inativos [R$ 1,7 bilhão] e as transferências para municípios [R$ 922 milhões], a serem executados normalmente;.

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