Economia

ADP e Schiphol se aliam a brasileiros para adquirir 50% do aeroporto do Rio

Governo brasileiro deseja privatizar parte do aeroporto do Rio de Janeiro. Se as empresas decidirem fazer oferta, será por 50%, mais ou menos, das ações do aeroporto

Agência France-Presse
postado em 12/03/2013 12:07
Haia - O grupo francês Aéroports de Paris e seu aliado holandês Schiphol se associaram com duas empresas brasileiras para apresentar uma oferta para comprar cerca de 50% do aeroporto do Rio de Janeiro, que o governo brasileiro deseja privatizar, informaram nesta terça-feira fontes da Schiphol.

"Ainda não foi adotada uma decisão final sobre a apresentação ou não de uma oferta, mas há um sério interesse", disse à AFP Mirjam Snoerwang, porta-voz do grupo Schiphol e do terminal 4 do aeroporto JFK de Nova York. O consórcio, composto por ADP, Schiphol, pela empresa brasileira de construção Carioca e pelo fundo GP Investimentos, pode apresentar uma oferta no segundo semestre do ano.



Se decidirem fazer a oferta, será por 50%, mais ou menos, das ações do aeroporto. "O Brasil é atrativo, é uma economia em pleno crescimento e além disso organizará a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016", ressaltou Snoerwang.

O ADP já manifestou publicamente em várias ocasiões seu interesse em adquirir uma participação do aeroporto do Rio. Seu presidente, Augustin de Romanet, afirmou no fim de fevereiro que o governo brasileiro estaria feliz com a participação do ADP. Em uma entrevista à agência de notícias holandesa ANP, o diretor-executivo da Schiphol, Jos Nijhuis, indicou na segunda-feira que a oferta eventual seria por uma concessão de 30 anos fornecida pelo governo brasileiro, que continuaria sendo o proprietário do resto das partes do aeroporto.

A qualidade do aeroporto da cidade, com uma capacidade para 17,3 milhões de passageiros por ano, deixa, segundo Nijhuis, muito a desejar. Os investimentos dos novos proprietários beneficiariam também a companhia aérea holandesa KLM, para a qual "o Brasil é importante". Nijhuis havia afirmado que os dois sócios brasileiros assumiriam juntos uma parte superior a 50% no consórcio. Snoerwang confirmou nesta terça-feira que a parte de Schiphol no seio do consórcio seria minoritária.

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