postado em 12/03/2013 17:12
São Paulo - Um levantamento feito pelo Procon-SP indicou que as dez primeiras empresas que mais tiveram reclamações no ano de 2012 foram o Itaú/ Unibanco, a Claro, o Bradesco, a Vivo, as Americanas.com/Submarino/Shoptime, a BV, o Carrefour, o Grupo Oi, a Eletropaulo e o Santander/Real. As dez que tiveram maior número de reclamações não atendidas foram a BV, o Carrefour, a Eletropaulo, o Bradesco, o Itau/Unibanco, o Grupo Oi, o Santander/Real, as Americanas.com/Submarino/Shoptime, a Claro e a Vivo. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12/3) pelo órgão, na capital paulista.Segundo o Procon-SP, em 2012 foram feitos 602.611 atendimentos, sendo 63% a distância. Foram 463.545 consultas e orientações, das quais 139.066 se tornaram queixas formais. As que foram solucionadas na fase preliminar foram 79% (109.369) e 21% foram para a Justiça. Segundo o Procon-SP, das ações abertas, 44% (13.145) foram atendidas e 56% (16.552) não foram atendidas. O Procon-SP tem 4.027 fornecedores cadastrados no seu banco de dados em 2012, enquanto em 2011 eram 3.639.
De acordo com o presidente do Procon-SP, Paulo Goês, houve redução no número de atendimentos em 2012 o que pode ser atribuído a um conjunto de medidas administrativas mais severas que evitaram o descumprimento do direito do consumidor por parte das empresas. O Procon-SP instituiu novas ferramentas que facilitaram o trabalho como um canal de reclamações eletrônico, um ranking on line, plano de metas de redução das reclamações para as empresas e um selo para os sites de compras que devem ser evitados pelo consumidor. ;Objetivo da divulgação não é denegrir a imagem das empresas, mas promover aperfeiçoamentos, avanços;, disse.
Entre os produtos que merecem destaque estão os serviços financeiros, que continuam sendo alvo de reclamações devido às tarifas abusivas. ;As tarifas merecem olhar do órgão regulador, porque em algumas situações essas taxas são criadas não para a remuneração de um serviço e sim para ampliar a margem de lucro da instituição financeira;. De acordo com Goes, isso dificulta a escolha do consumidor que normalmente procura por juros mais baixos, sem conhecer tais taxas.
No caso dos serviços essenciais, Goes destacou a telefonia, que na avaliação do Procon-SP, oferece serviço caro e de baixa qualidade. ;No ano passado vivemos um apagão das telecomunicações. Mas felizmente o regulador do setor tem dado sinais de que fiscalizará e regulará melhor o setor;. O presidente do Procon-SP ressaltou a facilidade que há para contratar os serviços, ao mesmo tempo em que obter atendimento pós-venda se torna um grande sacrifício.
Os cursos e universidades aparecem como o maior problema nos serviços privados, com as falsas promessas sendo a principal reclamação dos consumidores. Na saúde, lideram as queixas a dificuldade para marcar consultas e fazer exames. Na habitação, os consumidores denunciam o atraso da entrega dos imóveis comprados na planta e a cobrança abusiva de serviços não desejados e ;empurrados; ao consumidor.
Por meio de nota o Itaú, empresa que teve maior número de reclamações em 2012, informou por meio de nota que o volume de reclamações fundamentadas contra o banco foi impactado pela tarifa de cadastro cobrada pelo financiamento de veículos, regulamentada pelo Banco Central. O Itaú disse que, mesmo com essas reclamações, teve redução de 20% em comparação com o ano passado. ;O Itaú/Unibanco manteve sua postura de respeito ao consumidor que procurou nossos canais internos ou ao Procon e atendeu a todos os consumidores, prestando informações e resolvendo a maioria das reclamações;.