postado em 13/03/2013 09:40
Brasília - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou que a América Latina deve se preparar para eventuais consequências da crise econômica europeia estimulando o mercado de trabalho na região. O alerta foi feito por meio de um estudo divulgado nesta terça-feira (12) que aponta os desafios da América Latina no atual cenário econômico.;É necessário fortalecer uma série de instituições laborais, para evitar que isso se reflita em uma deterioração dos mercados de trabalho na América Latina;, disse a OIT. A organização recomendou que os países que tem seguro-desemprego procurem aumentar a cobertura do benefício. ;Alguns países da região tem seguro-desemprego, que desempenha um papel de estabilizador automático diante das flutuações da atividade econômica e de emprego;, diz o estudo.
Para a diretora regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Elisabeth Tinoco, a Europa está longe de voltar a seus melhores dias. "Consolida-se a perspectiva de que a economia mundial deverá conviver com uma Europa estagnada por vários anos". Como exemplos da influência negativa advinda da crise, o estudo citou o ;fraco crescimento nos Estados Unidos, uma desaceleração do crescimento da China, enquanto o Japão está entrando em uma nova recessão;.
A publicação fez uma análise das taxas de desemprego e aumento salarial no Brasil. ;O crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro em 2012 se manteve graças à uma demanda interna vigorosa;, informou. A OIT lembrou do Bolsa Família, programa brasileiro de transferência de renda, criado pelo governo Lula em 2003, e atribuiu a ele e aos benefícios de seguridade social uma ;queda significativa; dos índices de extrema pobreza.
A OIT destacou o aumento dos índices de emprego formal e do salário mínimo nos últimos 12 anos, mas alertou que ;o baixo nível de desemprego gera escassez em muitos setores, particularmente de mão de obra qualificada;.