A arrecadação dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aumentou 82,6% entre 2007 e 2012. O montante de recursos que chegou aos cofres públicos passou de R$ 14,7 bilhões para R$ 26,8 bilhões. Passados com exclusividade ao Correio, os dados são parte de um levantamento da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite). O estudo também indica que, no mesmo período, a frota de veículos cresceu 47,4% no país. O número de unidades saltou de 49,6 milhões para 73,2 milhões.
O presidente da Febrafite, Roberto Kupski, explica que a disparada tanto na quantidade de carros quanto no volume de arrecadação do IPVA é consequência, sobretudo, da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de um carro ou uma moto nova. Aliado a esse programa de desoneração setorial, ressalta ele, está a ascensão de milhares brasileiros à classe média. ;Outro fator são as promoções de financiamentos com ;taxa zero; para a compra de modelos mais caros, como os utilitários. Esses benefícios estimulam as pessoas das classes A e B a trocarem de automóvel e, por conseguinte, a pagarem um valor de imposto mais salgado;, completa.
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Com a venda de carros aquecida, o preço médio do IPVA no Brasil subiu de R$ 296, em 2007, para R$ 367, em 2012 (veja quadro). E isso se dá por uma contradição curiosa. Apesar do preço dos modelos populares ter caído nos últimos anos, o valor médio dos carros em circulação aumentou, o que pesa na hora da definição dos valores do imposto. São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais são as únicas unidades da Federação com custo médio do IPVA acima do indicador nacional ; R$ 503, R$ 404 e R$ 396, respectivamente. No outro extremo do ranking, estão Piauí
(R$ 198), Rondônia (R$ 197) e Paraíba (R$ 193).