postado em 18/03/2013 08:10
Mais investidores estão apostando nos setores de consumo e crédito este ano. Dados da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mostram que as aplicações em fundos lastreados de empresas dos dois segmentos da atividade econômica foram as que mais cresceram nos dois primeiros meses de 2013. No período, o total movimentado no fundo CSMO11, que representa uma cesta de ações de companhias da área do consumo e é negociado no pregão, já corresponde a um terço de todo o montante de R$ 29,4 milhões registrado em 2012 %u2014 em 2011, foram R$ 27 milhões.Não sem motivo. Entre os 15 fundos de índices negociados na Bovespa, o de consumo %u2014 com papéis da Ambev, do Pão de Açúcar, das Lojas Americanas e da Renner, entre outros %u2014 foi o que mais se valorizou no ano passado. Ele teve ganho de 40,4% (ou de 39,65%, descontada a taxa de administração), batendo todas as aplicações financeiras. Superou até o próprio Ibovespa, índice mais conhecido %u2014 correspondente a mais de 80% dos papéis mais negociados no pregão brasileiro %u2014, que fechou 2012 com alta de apenas 7,4% (veja gráficos). Isso depois de passar três trimestres no campo negativo e estar, este ano, no vermelho.
O total negociado no FIND11 %u2014 que reúne instituições financeiras listadas em bolsa, como o Bradesco, o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco %u2014, por sua vez, é mais expressivo ainda, de R$ 12,7 milhões, praticamente a metade de todo o montante registrado em 2012, que foi de R$ 22,5 milhões. Ele rendeu 12,7% no ano passado, menos que o ligado ao consumo, porém quase o dobro do Ibovespa.
Conforme reportagem do Correio publicada na última segunda-feira, embora o Ibovespa seja o indicador mais divulgado para representar o desempenho da bolsa, que não anda muito bem nos últimos anos, há outros índices e papéis que estão com valorizações mais altas por estarem acompanhando a mudança do cenário econômico.