Economia

Petróleo fecha com leve alta em Nova York a 93,74 dólares

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta nesta segunda-feira (18/3) em Nova York, após terem registrado perdas na abertura

Agência France-Presse
postado em 18/03/2013 17:43
Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta nesta segunda-feira (18/3) em Nova York, após terem registrado perdas na abertura, em um mercado temeroso de que o plano de impor um imposto aos depósitos no Chipre em troca de um resgate financeiro possa se se estender a outros países da zona do euro.

O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em abril subiu 29 centavos a 93,74 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

[SAIBAMAIS]Em Londres, o barril de petróleo de Brent do Mar do Norte com entrega em maio fechou, em seu segundo dia de negociação, com uma queda de 31 centavos em relação ao fechamento de sexta-feira, a 109,51 dólares no Intercontinental Exchange (ICE).

O barril de Brent caiu durante as operações a 107,78 dólares, seu valor mínimo em três meses. Os preços do petróleo, que caíram 1,70 dólares nas primeiras operações, em sintonia com outros mercados em todo o mundo, pelos temores do controverso plano de resgate do Chipre, apagaram todas as perdas ao final do dia.


"Os preços não caíram abaixo dos níveis chave que foram importantes, o que teria provocado uma aceleração das perdas, e se recuperaram, tal como os mercados de ações em bolsa", explicou Bill Baruch, da iiTrader, que definiu a reação desta manhã como "um pouco exagerada".

No sábado, a zona do euro, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo para fornecer um resgate de 10 bilhões de euros para o Chipre, em troca de que o país arrecade 5,8 bilhões de euros mediante um imposto excepcional sobre os depósitos bancários.

Este projeto propõe um imposto da ordem de 6,75% para todos os depósitos bancários em Chipre menores a 100.000 euros, e de 9,9% acima deste limite, provocando protestos na ilha e temor nos mercados.

No entanto, parece que serão feitos alguns ajustes "e que os pequenos poupadores não serão tão afetados", como se projetou a princípio, disse Bob Yawger, de Mizuho Securities.

Neste sentido, as autoridades trabalham para chegar a uma fórmula que limite o impacto desta medida nos pequenos investidores. Estas propostas "deram um pouco mais de confiança aos mercados e isto reduz a pressão sobre os ativos de risco", como as matérias-primas, explicou Yawger.

Entretanto, Baruch afirmou que "já não persistem" os temores de que estas medidas possam ser exportadas a economias maiores da zona do euro, como Espanha e Itália, em caso de que estes países peçam um resgate. "Os operadores foram reafirmados com a ideia de que Chipre foi um caso isolado", acrescentou.

Neste contexto de temor sobre a zona do euro, a queda do euro frente ao dólar freou a recuperação dos preços do petróleo.

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