Agência France-Presse
postado em 20/03/2013 13:37
Paris - Depois de ter acabado com a concorrência ocidental, a indústria chinesa de painéis solares acaba de perder sua maior estrela: a Suntech, que foi até recentemente líder mundial do setor, se declarou em concordata nesta quarta-feira, prova da crise que também atinge a China.
A Suntech indicou na segunda-feira (18/3) que estava tentando reestruturar sua dívida, mas a agência Nova China anunciou, nesta quarta, que a empresa havia se declarado em concordata. Um porta-voz da empresa não quis comentar o anúncio da agência oficial de notícias. A empresa, que é cotada em Wall Street, havia declarado na semana passada uma moratória no vencimento dos bônus que emitiu no valor de 541 milhões de dólares.
Esta crise se acelerou com a queda dos preços dos painéis solares: menos 45% em 2011 e menos 25% em 2012, segundo dados do gabinete IHS. Considerada há alguns anos uma estrela pelos operadores, a Suntech - que sofreu uma perda de um bilhão de dólares em 2011-, viu sua cotação passar dos 90 dólares no início de 2008 a um mínimo de 0,41 dólar na semana passada.
A crise tem como origem, entre outros fatores, os baixos preços praticados pelos industriais chineses (Yingli, Trina, Canadian Solar...), os quais os Estados Unidos e a União Europeia acusam de praticar dumping. A situação da Suntech, segundo os analistas, demonstra que a manobra tem seus limites.
Apesar do número de painéis solares instalados no mundo bater recordes todos os anos (31 gigawatts em 2012), continua sendo - devido à crise - inferior às otimistas projeções realizadas quando essas fábricas foram abertas. A consequência é que essas usinas funcionam em todo o mundo em 50% de sua capacidade e essa porcentagem subirá a apenas dois terços este ano, segundo o IHS. Esse excesso de oferta obrigou os industriais a baixar drasticamente os preços dos painéis para poder continuar funcionando.
Além disso, no caso da Suntech, houve problemas específicos, como uma fraude revelada em julho de 2012, com uma garantia de 680 milhões de dólares que acabou sendo falsa.
A Suntech indicou na segunda-feira (18/3) que estava tentando reestruturar sua dívida, mas a agência Nova China anunciou, nesta quarta, que a empresa havia se declarado em concordata. Um porta-voz da empresa não quis comentar o anúncio da agência oficial de notícias. A empresa, que é cotada em Wall Street, havia declarado na semana passada uma moratória no vencimento dos bônus que emitiu no valor de 541 milhões de dólares.
Esta crise se acelerou com a queda dos preços dos painéis solares: menos 45% em 2011 e menos 25% em 2012, segundo dados do gabinete IHS. Considerada há alguns anos uma estrela pelos operadores, a Suntech - que sofreu uma perda de um bilhão de dólares em 2011-, viu sua cotação passar dos 90 dólares no início de 2008 a um mínimo de 0,41 dólar na semana passada.
A crise tem como origem, entre outros fatores, os baixos preços praticados pelos industriais chineses (Yingli, Trina, Canadian Solar...), os quais os Estados Unidos e a União Europeia acusam de praticar dumping. A situação da Suntech, segundo os analistas, demonstra que a manobra tem seus limites.
Apesar do número de painéis solares instalados no mundo bater recordes todos os anos (31 gigawatts em 2012), continua sendo - devido à crise - inferior às otimistas projeções realizadas quando essas fábricas foram abertas. A consequência é que essas usinas funcionam em todo o mundo em 50% de sua capacidade e essa porcentagem subirá a apenas dois terços este ano, segundo o IHS. Esse excesso de oferta obrigou os industriais a baixar drasticamente os preços dos painéis para poder continuar funcionando.
Além disso, no caso da Suntech, houve problemas específicos, como uma fraude revelada em julho de 2012, com uma garantia de 680 milhões de dólares que acabou sendo falsa.