Economia

Petróleo fecha em alta em Nova York a 92,96 dólares o barril

Os preços subiram desde o início das operações diante do anúncio de uma inesperada redução de 1,3 milhão de barris nas reservas de petróleo nos Estados Unidos na semana finalizada no dia 15 de março

Agência France-Presse
postado em 20/03/2013 19:38
Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo registraram, nesta quarta-feira (20/3), uma clara alta em Nova York impulsionados por uma inesperada redução das reservas de petróleo nos Estados Unidos e a manutenção da política ultra flexível das baixas taxas de juros do banco central americano, Federal Reserve (Fed).

O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em abril, em seu último dia de negociação, ganhou 80 centavos a 92,96 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Até as 14h00 (horário de Brasília), o barril de petróleo de Brent do Mar do Norte com entrega em maio valia 107,78 dólares no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, em alta de 33 centavos em relação ao fechamento de terça-feira.



Os preços subiram desde o início das operações diante do anúncio de uma inesperada redução de 1,3 milhão de barris nas reservas de petróleo nos Estados Unidos na semana finalizada no dia 15 de março.

"Esta é a primeira redução desses estoques desde a semana finalizada no 11 de janeiro", relembrou Bob Yawger da Mizuho Securities. Essas reservas aumentaram em 23 milhões de barris desde essa data.

No entanto, os temores sobre o vigor da demanda de petróleo do primeiro consumidor mundial persistem, enquanto que "a demanda petrolífera total caiu 4,5% na mesma semana a 17,8 milhões de barris diários, seu nível mais baixo desde o dia 4 de janeiro".

Até o final da sessão, os preços receberam um impulso após a publicação da decisão da política monetária do Fed, que anunciou sua intenção de manter seu apoio para a recuperação econômica dos Estados Unidos.

"Isso significa que as compras em massa de ativos continuarão" estimulando a compra de ativos de risco, como as matérias-primas e que "manterá a pressão sobre o dólar", indicou Bart Melek, da TD Securities.

Um dólar debilitado incentiva as compras de petróleo -cotado em dólares- para os investidores que contam com outras divisas.

O mercado de petróleo mantém, por outro lado, sua atenção à evolução da situação no Chipre, após a rejeição parlamentar de terça-feira a um controverso plano internacional que criava uma inédita taxa sobre os depósitos bancários no país.

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