postado em 27/03/2013 08:58
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (27/3), durante a 5; Cúpula do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) em Durban, na África do Sul, que a meta de todos é a superação da pobreza. Ela lembrou, porém, que esse objetivo é apenas o começo de um esforço conjunto que inclui uma série de ações para o desenvolvimento dos países que integram o grupo. Dilma ressaltou que o Brasil conquistou avanços, mas que o empenho é mantido pelo governo.
;A superação da miséria é apenas o fim do começo;, destacou a presidenta na abertura da cúpula. Ela reiterou que em decorrência dos modelos de desenvolvimento econômico e social adotados no Brasil, o país conseguiu atingir a meta do milênio, fixada pelas Nações Unidas, de superar a renda mínima de US$ 1,25 por pessoa.
A presidente disse ainda que as políticas públicas executadas no Brasil visam a transformar cidadãos em consumidores, ampliando o mercado interno e as oportunidades. Dilma lembrou que os países do Brics podem ter ;histórias diferentes;, mas têm metas semlhantes. ;É a responsabilidade com o mundo que está surgindo;, acrescentou.
Dilma reiterou que cada vez mais os países do Brics conquistam espaço no cenário internacional. ;Estamos amparados em uma visão de futuro de que nossos países vão ocupar cada vez mais um papel relevante;.
Antes da abertura da cúpula, Dilma participou de um café da manhã com os líderes do Brics - os presidentes Jacob Zuma (África do Sul), o anfitrião, Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China), além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.
Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países do bloco atingiu US$ 15 trilhões. Pelos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brics respondeu por 21% do PIB mundial em valores nominais e por 27% do PIB global, se comparada a paridade de poder de compra.
O Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul ocupam juntos 26% da área terrestre do planeta, abrigando 42% da população mundial e reunindo 45% da força de trabalho global.
Crise econômica
Dilma disse que um dos principais efeitos da crise econômica internacional é a redução da oferta de empregos. Para ela, é fundamental que sejam feitos esforços conjuntos ;para a recuperação da economia internacional;. ;Hoje temos de ter em mente: fazer um grande esforço. Se faltam oportunidades de investimentos nas economias avançadas, vamos criar fontes de financiamento;, destacou.
A presidenta lembrou que os países do Brics conseguiram superar as dificuldades, provocadas pela crise, a partir de 2007. ;Temos força suficiente para responder com responsabilidade;, disse ela, lembrando que a Rússia, na presidência rotativa do G20 (grupo de países mais desenvolvidos do mundo) terá muito o que fazer.
Segundo Dilma, a pauta no G20 deve ter como foco o desenvolvimento global, envolvendo infraestrutura e a geração de emprego. Ela disse que, embora o cenário de 2013, seja ;um pouco mais promissor; do que o de 2012, é visível que ;muitos dos países desenvolvidos continuam a prometer, principalmente na taxa de desemprego;.