Economia

Petróleo fecha com leve alta em Nova York a 97,19 dólares

Agência France-Presse
postado em 02/04/2013 17:56
Nova York - O petróleo fechou em leve alta esta terça-feira (2/4) em Nova York, impulsionado por uma movimentação técnica, após ter iniciado o dia com perdas, apesar das inquietações sobre a demanda, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em maio subiu 12 centavos a 97,19 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex). Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com entrega em maio caiu 39 centavos, a 110,69 dólares no Intercontinental Exchange (ICE).

A cotação do WTI baixou até 95,91 dólares no começo da sessão, mas não "pôde se manter abaixo do nível psicológico de 96 dólares e isto gerou um movimento técnico de recuperação no último terço das negociações", disse David Bouckhout, da TD Securities. Esta retomada do preço foi sustentado também pela expectativa dos mercados de uma evolução positiva de Wall Street.

Também puxaram a alta dos preços os dados sólidos das encomendas da indústria, afirmou Phil Flynn, da Price Futures Group. Esta demanda aumentou 3,0% com relação a janeiro, em dados corrigidos por variações sazonais, quando a previsão média dos analistas estimava uma alta de apenas 2,6%.


No entanto, os operadores continuam inquietos sobre a fortaleza da demanda, após a publicação de dados sombrios na Europa, que mostram que a recuperação tem vários obstáculos a superar.

A taxa de desemprego na zona do euro foi de 12% em março, com um total de 19 milhões de desempregados, enquanto a atividade manufatureira registrou uma aceleração de sua contração.

"Somados ao indicador ISM (de atividade manufatureira nos Estados Unidos, que registrou aceleração em março), estes dados são pouco animadores para a demanda" nos dois lados do Atlântico, disse James Williams, da WTRG Economics.

Entretanto, segundo Flynn, o fechamento do oleoduto Pegasus nos Estados Unidos, que transporta cerca de 90.000 barris de óleo bruto canadense ao dia do Illinois, no norte, até o Texas, no sul, para transportá-lo às refinarias do Golfo de México, continuou lastreando os preços.

Esta queda ocorre depois de detectado, na sexta-feira, um vazamento em um oleoduto da gigante do petróleo ExxonMobil no Arkansas (sudeste).

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